Regulatório Segurança do Trabalho

Guia para reduzir passivos trabalhistas com automação

Time wehandle Dec 16, 2025 10:00:00 AM 3 min read
Saiba como a automação e o compliance digital contribuem para a redução de passivos trabalhistas, ampliando a segurança jurídica e eficiência na gestão de terceiros.

A redução de passivos trabalhistas tornou-se uma prioridade estratégica para empresas que operam com múltiplos fornecedores e prestadores de serviço. 

Em um cenário em que a legislação evolui, a fiscalização se torna mais rigorosa e as relações de trabalho ganham complexidade, manter a conformidade exige precisão, rastreabilidade e processos bem estruturados.

Segundo o Relatório Justiça em Números 2024, do CNJ, a Justiça do Trabalho registrou um avanço significativo no volume processual. 

Em 2023, foram quase 4,2 milhões de novos casos, considerando tanto processos que ingressaram pela primeira vez nas Varas do Trabalho quanto recursos, um aumento de 28,7% em relação a 2022.

Esse contexto coloca pressão adicional sobre líderes de compras, jurídico, compliance e operações, que precisam demonstrar diligência, manter documentação em dia e comprovar que atuam em conformidade com normas trabalhistas, fiscais e previdenciárias.

É justamente aqui que a automação e o compliance digital se tornam aliados estratégicos.

Por que os passivos trabalhistas continuam crescendo e por que a conformidade tradicional não acompanha?

Historicamente, grande parte dos passivos surge da falta de visibilidade sobre a cadeia de terceiros. Entre os principais fatores estão:

  • Documentações trabalhistas entregues fora do prazo ou vencidas;
  • Exames, NRs e treinamentos sem atualização periódica;
  • Falhas na análise de contratos e das suas cláusulas de conformidade;
  • Ausência de trilhas de auditoria confiáveis;
  • Processos de homologação descentralizados e sem padronização.

Com equipes enxutas e um volume crescente de fornecedores, o monitoramento manual tende a ser reativo. Assim, inconsistências só aparecem quando o problema já se tornou risco.

A automação, quando aplicada de forma responsável e alinhada à legislação, transforma esse cenário ao padronizar fluxos, reforçar a conformidade e permitir que a empresa comprove diligência em caso de auditorias ou litígios.

O papel da automação na gestão de terceiros: do controle manual ao compliance inteligente

A automação contribui diretamente para a redução de passivos trabalhistas ao:

1. Centralizar documentos e informações críticas

Com todos os dados organizados em uma única plataforma, a empresa deixa de depender de e-mails, planilhas e canais desconexos. Isso eleva o controle sobre:

  • Certidões trabalhistas e fiscais;
  • Documentações de admissão apresentadas pelos fornecedores;
  • Comprovantes de obrigações trabalhistas;
  • Contratos e aditivos.

A centralização permite identificar lacunas rapidamente e tomar decisões baseadas em dados.

2. Garantir padronização dos critérios de análise

A definição da matriz de risco e das regras de conformidade deve ser sempre responsabilidade do tomador, visto que cada operação tem necessidades particulares.

A tecnologia, como é o caso wehandle, atua como suporte e assegura que todos os documentos sejam analisados conforme os parâmetros estabelecidos pela empresa, reduzindo divergências, subjetividades e inconsistências.

3. Agilizar a validação documental com apoio de IA

A inteligência artificial acelera a análise documental ao reconhecer informações, comparar padrões e identificar inconsistências, sempre de acordo com as regras previamente definidas pelo contratante.

Isso evita atrasos, reduz retrabalhos e aumenta o nível de conformidade.

4. Criar trilhas de auditoria completas

Cada aprovação, solicitação ou atualização passa a gerar uma evidência rastreável.

Esse histórico é essencial em eventuais auditorias trabalhistas e fiscais, pois comprova o cumprimento das responsabilidades da contratante.

5. Sustentar decisões com dados e indicadores

A digitalização gera métricas essenciais, como:

  • Percentual de fornecedores regulares;
  • Nível de aderência documental;
  • Tempo médio de mobilização;
  • Volume de pendências por tipo de documento.

Com essas informações, a empresa direciona esforços para áreas de maior risco e evita impactos futuros.

Compliance digital como estrutura de prevenção

A combinação entre automação e compliance digital fortalece o respaldo jurídico da empresa ao garantir que toda a cadeia de terceiros opere com base em regras claras e auditáveis.

Conformidade legal aplicada à gestão de terceiros

A digitalização permite dar visibilidade às principais obrigações exigidas pelo ordenamento jurídico brasileiro, como:

  • Cumprimento da legislação trabalhista e previdenciária;
  • Manutenção de NRs e exames atualizados;
  • Governança sobre contratos e escopos de serviço;
  • Registro e armazenamento de evidências de conformidade.

Isso reduz o risco de responsabilização solidária ou subsidiária, especialmente em setores com alta dependência de mão de obra terceirizada.

Auditoria trabalhista contínua, com menos esforço e mais precisão

A auditoria trabalhista deixa de ser um evento anual e passa a ser um processo contínuo. A automação contribui ao:

  • Identificar documentos vencidos antes que se tornem irregularidades;
  • Permitir que fornecedores atualizem evidências diretamente na plataforma;
  • Oferecer visibilidade instantânea sobre pendências críticas;
  • Facilitar o acompanhamento de históricos em caso de disputas judiciais.

Esse modelo antecipatório é essencial para minimizar riscos.

Como aplicar automação e compliance digital para reduzir passivos na prática?

A seguir, um caminho estratégico para empresas que desejam estruturar um processo sólido:

1. Definir uma matriz de risco clara

A matriz deve indicar:

  • Documentos obrigatórios por tipo de serviço;
  • Exigências específicas (NRs, exames, treinamentos);
  • Níveis de criticidade e periodicidade.

2. Padronizar critérios contratuais

Cláusulas de compliance, auditoria e responsabilização precisam estar alinhadas ao modelo de risco e aos processos internos de validação.

3. Implementar uma plataforma especializada

Esse passo possibilita:

  • Monitoramento contínuo;
  • Redução de falhas humanas;
  • Processos auditáveis;
  • Visibilidade sobre toda a cadeia.

4. Realizar auditoria trabalhista contínua

A automação fortalece esse processo ao reduzir a dependência de verificações manuais e permitir uma análise uniforme ao longo do ano.

5. Acompanhar métricas e ajustar critérios

Indicadores de desempenho (KPIs) robustos devem embasar decisões de contratação, manutenção ou bloqueio de fornecedores.

Redução de passivos trabalhistas depende de método, tecnologia e rastreabilidade

O desafio não é apenas evitar irregularidades, mas comprovar que a empresa atuou com diligência e seguiu todos os requisitos legais ao contratar e gerenciar terceiros.

A automação e o compliance digital fortalecem essa comprovação, trazendo:

Para empresas que buscam elevar a maturidade da gestão de terceiros, garantir conformidade legal e estruturar processos capazes de reduzir riscos de maneira sustentável, conte com a wehandle.





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