Mitigação de riscos em energia, óleo e gás: compliance digital
Nos setores de energia, óleo e gás, as operações envolvem cadeias complexas, compostas por múltiplos fornecedores e subcontratados que atuam em ambientes de alta periculosidade, sob forte regulação e com pressão constante por custos, prazos e reputação.
Diante desse cenário, mitigar riscos operacionais torna-se essencial para garantir segurança, conformidade e continuidade das operações.
Nesse contexto, o compliance digital surge como uma ferramenta estratégica para aprimorar a gestão de terceiros e de subcontratados, atuando na redução de riscos técnicos, jurídicos, de imagem e de governança.
Por que mitigar riscos operacionais é vital nos setores de energia, óleo e gás?
Segundo dados da Research and Markets, cada segmento do setor de óleo, gás e energia enfrenta desafios específicos.
A segmentação por usuário final abrange exploração (upstream), transporte e armazenamento (midstream) e refino e distribuição (downstream), cada um com prioridades de risco distintas.
No upstream, as operações exigem atenção à modelagem de risco geotécnico, considerando pressões e instabilidades do solo que podem afetar a perfuração e a produção.
O midstream concentra-se na integridade dos dutos e na continuidade logística, assegurando que o transporte e o armazenamento de petróleo e gás ocorram de forma segura e contínua.
Já o downstream prioriza a segurança de processos e os protocolos de controle de qualidade, prevenindo falhas no refino e na distribuição que possam gerar acidentes, perdas ou danos reputacionais.
Os modelos de implantação tecnológica também têm papel decisivo na mitigação de riscos.
A nuvem garante maior segurança e disponibilidade das informações, minimizando riscos de perda por falhas ou danos físicos.
Ainda assim, soluções locais continuam relevantes em operações com exigências rigorosas de controle e soberania de dados.
Como falhas operacionais podem gerar paralisações, custos e impactos jurídicos, é essencial que os subcontratados mantenham padrões de segurança, integridade e compliance alinhados às do contratante.
O desafio da gestão de subcontratados no setor
Nos segmentos de energia, óleo e gás, a gestão de subcontratados exige atenção redobrada.
Grande parte das atividades críticas é terceirizada, como perfuração, manutenção de dutos, transporte de materiais perigosos, serviços de segurança e operações em plataformas offshore ou unidades remotas.
Esses parceiros podem atuar em diferentes níveis da cadeia, como fornecedores diretos, subcontratados ou prestadores logísticos, formando uma estrutura complexa que demanda controle e conformidade rigorosos.
Além disso, cada operação está sujeita a diversas normas de segurança, regulações ambientais, legislações trabalhistas e padrões de integridade corporativa, que variam conforme o país, a jurisdição e o tipo de instalação.
Qualquer falha de um subcontratado pode gerar impactos amplos, de riscos operacionais, de acidentes e paralisações a consequências jurídicas, regulatórias e reputacionais para a empresa contratante.
Por isso, implementar controles sólidos e monitoramento contínuo é essencial para garantir conformidade, segurança e resiliência em toda a cadeia de prestação de serviços.
Compliance digital como alavanca para mitigação de riscos operacionais
O compliance digital consiste na aplicação de tecnologias para dar suporte à conformidade, rastreabilidade, controle e automação de processos de governança e gestão de terceiros.
Quando bem estruturado, torna-se um importante aliado na mitigação de riscos operacionais, especialmente nos setores de energia, gás e óleo, ao possibilitar:
- Pré-qualificação, due diligence e monitoramento contínuo dos subcontratados;
- Automação das verificações de integridade, segurança, certificação e conformidade normativa;
- Visibilidade em tempo real sobre indicadores de desempenho, segurança e incidentes;
- Registros digitais que comprovam conformidade e simplificam auditorias ou respostas a crises.
Nesse contexto, líderes em gestão de riscos estão adotando inteligência artificial e plataformas centralizadas para transformar de forma significativa a governança de terceiros.
A digitalização, portanto, deixa de ser apenas uma tendência e passa a ser fundamental para a prevenção de riscos em toda a cadeia operacional.
Como aplicar compliance digital na gestão de subcontratados?
A aplicação do compliance digital na gestão de subcontratados exige integração entre processos, tecnologia e cultura de governança. Veja as principais etapas:
1. Mapeamento de riscos e da cadeia de subcontratados
Identifique serviços e operações com maior exposição a riscos, perfuração, manutenção de dutos, logística offshore e segurança.
Avalie vulnerabilidades associadas à localização remota, condições ambientais e extensão da cadeia, além de riscos jurídicos e reputacionais decorrentes do descumprimento de normas.
2. Seleção e pré-qualificação com suporte digital
Utilize plataformas digitais de due diligence para reunir certificações, histórico de segurança, compliance legal e regularidade trabalhista.
Aplique scorings automatizados para medir o nível de risco e inclua cláusulas contratuais de conformidade digital, com auditorias e relatórios em dashboard.
3. Automação e monitoramento contínuo
Sistemas integrados permitem acompanhar indicadores de segurança, desempenho e conformidade dos subcontratados em tempo real.
A integração com IoT e sensores em campo ajuda a identificar condições críticas e antecipar falhas, fortalecendo o controle e a segurança operacional.
4. Inteligência artificial e análise preditiva
O uso de IA para análise de dados permite detectar padrões de falhas e prever riscos antes que ocorram.
Essa abordagem torna o compliance mais estratégico, deixando de ser apenas um controle documental para antecipar riscos e conectar governança, gestão de riscos e operação em campo.
5. Auditoria e melhoria contínua
Realize auditorias periódicas (presenciais ou remotas), para rastrear causas e acionar planos de ação.
Capacite subcontratados e gestores para o uso de ferramentas digitais, consolidando uma cultura de melhoria contínua e transparência.
Compliance digital como pilar da mitigação de riscos operacionais
Para empresas de energia, óleo e gás, a mitigação de riscos operacionais não deve ser apenas reativa, precisa integrar a estratégia do negócio.
Estrutura, tecnologia e integração entre equipes e parceiros são pilares dessa abordagem.
Ao aplicar compliance digital na gestão de subcontratados, cada parceiro passa a seguir condutas alinhadas, reduzindo riscos operacionais, jurídicos e reputacionais.
Com due diligence automatizada, monitoramento em tempo real, inteligência preditiva e trilhas digitais de auditoria, a empresa fortalece governança, confiança e resiliência.
Para estruturar ou evoluir seus processos de compliance digital:
- Mapeie subcontratados por nível de risco;
- Adote ferramentas digitais que ofereçam visibilidade e automação;
- Defina KPIs claros para monitorar integridade e performance;
- Engaje a alta gestão e parceiros na cultura de conformidade;
- Promova melhoria contínua com base em dados.
Se sua empresa busca transformar a gestão de subcontratados e fortalecer a mitigação de riscos operacionais, conte com a wehandle.
