Como medir a eficiência da gestão de terceiros?

A gestão de terceiros tornou-se um componente estratégico nas organizações, especialmente em grandes empresas, que dependem de uma extensa cadeia de fornecedores, prestadores de serviço e parceiros.
No entanto, simplesmente contratar e delegar tarefas a terceiros não basta. É essencial medir a eficiência desse processo para garantir resultados que agreguem valor ao negócio, minimizem riscos e promovam compliance.
Neste artigo, vamos explorar como medir a eficiência da gestão de terceiros usando indicadores de desempenho claros, automação de processos e práticas para grandes empresas.
Por que medir a eficiência na gestão de terceiros é crucial?
Com o aumento da complexidade das cadeias produtivas e dos serviços terceirizados, a exposição a riscos trabalhistas, legais e operacionais cresceu significativamente.
A gestão de terceiros vai além da simples contratação: é uma questão de mitigação de riscos e garantia da continuidade dos negócios.
Medir a eficiência permite:
- Avaliar se os fornecedores entregam conforme o esperado;
- Detectar possíveis falhas ou desvios rapidamente;
- Otimizar custos e processos;
- Garantir a conformidade legal e regulatória;
- Melhorar o relacionamento e a comunicação com os parceiros.
Portanto, estabelecer métricas e indicadores sólidos é fundamental para uma gestão proativa e alinhada aos objetivos estratégicos da empresa.
Indicadores de desempenho para gestão de terceiros: o que monitorar?
Para mensurar a eficiência da gestão de terceiros, é preciso definir indicadores de desempenho (KPIs) que tragam uma visão clara e objetiva do comportamento e resultados dos fornecedores e prestadores.
Entre os indicadores mais relevantes, destacam-se:
1. Cumprimento de prazos e qualidade
- Percentual de entregas no prazo: quantifica quantas entregas foram realizadas dentro do prazo acordado, refletindo a pontualidade do fornecedor;
- Taxa de conformidade da qualidade: mede o percentual de entregas que atendem aos padrões técnicos, legais e contratuais definidos.
Esses indicadores ajudam a garantir a excelência operacional e evitam impactos negativos no fluxo produtivo.
2. Indicadores financeiros
- Custo por serviço ou produto entregue: avalia se os custos estão dentro do orçamento previsto;
- Redução de custos via renegociação ou eficiência: permite identificar ganhos financeiros obtidos com a gestão eficaz.
Essa métrica orienta a tomada de decisão para ajustes contratuais e busca constante de otimização.
3. Conformidade e riscos legais
- Percentual de fornecedores com compliance aprovado: mede quantos fornecedores passaram por auditorias de conformidade, verificando regularidade fiscal, trabalhista e ética;
- Número de não conformidades e autuações: registra incidentes e falhas que impactam a governança e a reputação da empresa.
Com esses KPIs, é possível agir preventivamente para mitigar passivos jurídicos e proteger a imagem corporativa.
4. Índices de comunicação e atendimento
- Tempo médio de resposta: avalia a agilidade dos fornecedores em atender solicitações e resolver problemas;
- Satisfação interna: pesquisas internas com as áreas contratantes ajudam a medir o grau de satisfação com o desempenho dos terceiros.
5. Indicadores de inovação e sustentabilidade
- Adoção de práticas sustentáveis: avalia o engajamento do fornecedor com critérios ESG, cada vez mais valorizados no mercado;
- Inovação e melhoria contínua: quantifica iniciativas de inovação implementadas em parceria.
Gestão de terceiros em empresas grandes: desafios e soluções
Empresas grandes enfrentam desafios complexos na gestão de terceiros devido ao volume e diversidade de fornecedores, setores e localidades envolvidas.
Esse cenário demanda uma abordagem estruturada, com processos claros e ferramentas adequadas.
Centralização e padronização de processos
Uma das maiores dificuldades é garantir a padronização das políticas e critérios de avaliação em toda a empresa.
Para isso, é essencial centralizar a gestão, criando políticas uniformes de seleção, avaliação e monitoramento, que sejam respeitadas por todas as áreas.
Uso de tecnologia para automação de processos
A automação de processos na gestão de terceiros é um dos caminhos mais eficazes para aumentar a eficiência. Softwares de gestão integrada permitem:
- Cadastro e homologação automatizada de fornecedores;
- Monitoramento em tempo real dos indicadores de desempenho;
- Gestão documental centralizada, com alertas para renovações e auditorias;
- Fluxos automatizados de aprovação e comunicação.
Na pesquisa "Sizing the prize", a PwC destaca que a automação inteligente com o reforço da inteligência artificial (IA), impulsiona a eficiência e a segurança, reduzindo erros e acelerando processos na cadeia de suprimentos.
Integração entre áreas
A gestão eficaz exige a integração do setor de compras jurídico, compliance e operacional para garantir que todos os aspectos sejam considerados, desde a análise de risco até a performance no dia a dia.
Como a automação de processos revoluciona a gestão de terceiros?
A automação de processos é uma das tendências mais impactantes na área.
Ela transforma a gestão de terceiros em uma atividade mais estratégica e menos operacional, proporcionando ganhos de transparência, agilidade e controle.
Benefícios da automação
- Redução de riscos: com sistemas que centralizam dados e geram alertas, a empresa consegue evitar inadimplências e falhas no cumprimento de requisitos legais;
- Agilidade nas decisões: relatórios dinâmicos e dashboards com KPIs facilitam a análise e a tomada de decisões em tempo real;
- Melhoria da comunicação: portais integrados permitem interação rápida e transparente com fornecedores, fortalecendo a parceria;
- Compliance mais eficiente: auditorias automatizadas e registro digital asseguram conformidade e rastreabilidade.
Passos práticos para medir a eficiência da gestão de terceiros
Para aplicar essas estratégias na prática, siga este roadmap:
1. Defina objetivos claros
Antes de escolher indicadores, determine o que a empresa deseja alcançar com a gestão de terceiros, seja redução de custos, melhoria da qualidade, mitigação de riscos, entre outros.
2. Escolha indicadores alinhados ao negócio
Selecione KPIs que estejam alinhados às metas e à estratégia da empresa, evitando métricas irrelevantes ou difíceis de medir.
3. Estabeleça processos para coleta e análise
Implemente rotinas regulares para coletar dados e avaliar os resultados, utilizando ferramentas tecnológicas para automatizar e garantir a precisão.
4. Comunique os resultados e engaje equipes
Compartilhe os indicadores com as áreas envolvidas e fornecedores, promovendo cultura de melhoria contínua e transparência.
5. Ajuste e evolua constantemente
Use os dados para identificar pontos de melhoria, ajustar processos e fortalecer controles, criando uma gestão adaptativa e proativa.
Eficiência na gestão de terceiros como diferencial competitivo
Medir a eficiência da gestão de terceiros não é um exercício burocrático, mas um componente estratégico essencial para a sustentabilidade e competitividade das empresas, especialmente as grandes.
O uso consciente de indicadores de desempenho e a automação de processos são ferramentas indispensáveis para transformar a terceirização em uma vantagem de mercado.
Investir em tecnologia, integrar áreas, promover cultura de compliance e analisar dados com profundidade é o caminho para uma gestão de terceiros eficiente, transparente e segura.
A prática destes pilares se torna fundamental a negócios resilientes, inovadores e responsáveis.
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