Como evitar problemas com prestadores no setores de energia e gás?
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A fiscalização de prestadores de serviço é fundamental para empresas do setor de energia, óleo e gás, garantindo segurança e conformidade regulatória em operações críticas.
Segundo artigo publicado pela Deloitte, em 2024, o mercado global de óleo e gás enfrentou desafios como oferta controlada pela OPEP+, demanda variável, tensões geopolíticas e foco contínuo na transição energética.
Nesse cenário, garantir segurança, conformidade regulatória e continuidade operacional tornou-se ainda mais crítico.
Globalmente, a indústria distribuiu quase US$ 213 bilhões em dividendos e US$ 136 bilhões em recompras entre janeiro e meados de novembro de 2024.
Para empresas brasileiras do setor, esse cenário reforça a necessidade de gestão eficiente de terceiros e fiscalização de prestadores de serviço, especialmente no que diz respeito à segurança do trabalho e conformidade regulatória.
Nesse sentido, falhas nessa gestão podem gerar impactos financeiros, operacionais e reputacionais, comprometendo a continuidade das operações e a integridade da cadeia de suprimentos.
Por que a fiscalização de prestadores de serviço é estratégica?
A fiscalização de prestadores de serviço vai além da exigência legal: é um instrumento de proteção do negócio.
No setor de energia, óleo e gás, os prestadores executam tarefas críticas, desde manutenção em plataformas até transporte de materiais perigosos, e qualquer falha pode gerar:
- Acidentes graves ou fatais;
- Multas e sanções legais;
- Interrupção da produção;
- Danos à imagem e reputação da empresa.
Além disso, conforme apontado no Guia de Boas Práticas, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Petróleo a Gás, a legislação brasileira, como a Lei Anticorrupção (Lei nº 12.846/2013), responsabiliza empresas por atos ilícitos cometidos por terceiros.
E diante desse contexto, torna a fiscalização e a gestão de terceiros um componente estratégico de compliance.
Desafios específicos na gestão de prestadores no setor de energia, óleo e gás
A terceirização nesse setor enfrenta desafios únicos:
- Complexidade operacional: atividades de alto risco, como perfuração, manuseio de produtos inflamáveis e manutenção de equipamentos críticos, exigem padrões rigorosos de segurança;
- Diversidade de fornecedores: diferentes prestadores com culturas, processos e níveis de maturidade distintos aumentam o risco de não conformidade;
- Exigências regulatórias e de compliance: empresas precisam integrar políticas de segurança, saúde ocupacional, proteção ambiental e conformidade legal.
Estratégias avançadas para fiscalização eficaz
1. Critérios de contratação claros
Antes da seleção, defina requisitos mínimos para segurança, compliance e desempenho técnico. Isso inclui:
- Certificações ISO, SASSMAQ ou equivalentes;
- Due diligence trabalhista e fiscal;
- Histórico de conformidade e integridade;
- Cláusulas contratuais de auditoria, treinamento e sanções.
Esses critérios alinham expectativas e reduzem riscos na operação.
2. Treinamento e cultura de seguranç
Treinar prestadores em normas de segurança, uso de EPIs, prevenção de acidentes e procedimentos de emergência cria cultura de prevenção e responsabilidade compartilhada.
Sendo assim, programas contínuos de capacitação fortalecem a adesão e reduzem incidentes.
3. Monitoramento em tempo real
Investir em tecnologias de monitoramento remoto permite acompanhar condições de trabalho, registrar indicadores de segurança e intervir rapidamente em caso de desvios.
Ferramentas digitais também permitem:
- Gestão de documentação e certificações;
- Registro de inspeções e auditorias;
- Comunicação rápida e transparente com prestadores.
4. Auditorias periódicas e KPIs integrados
Auditorias regulares, presenciais ou remotas, são fundamentais. Para acompanhar a eficácia, as empresas podem usar KPIs como:
- Percentual de fornecedores auditados;
- Incidência de não conformidades;
- Tempo de resposta a irregularidades;
- Uso correto de EPIs;
- Integração de indicadores de segurança com métricas financeiras e operacionais.
5. Controle de EPIs para terceiros
O controle rigoroso de Equipamentos de Proteção Individual é crítico em operações de alto risco:
- Fornecimento adequado: EPIs certificados e compatíveis com as atividades;
- Treinamento: uso correto e manutenção preventiva;
- Monitoramento: inspeções regulares e rastreabilidade digital;
- Substituição programada: garantia de que os EPIs estejam sempre em condições seguras
Integração entre compliance, segurança e resultados financeiros
Em um cenário de volatilidade e altos dividendos, como o observado globalmente entre 2024 e 2025, a eficiência operacional e a integridade na gestão de terceiros têm impacto direto nos resultados. Empresas que falham na fiscalização podem sofrer:
- Perdas financeiras significativas;
- Interrupção de operações críticas;
- Riscos reputacionais que afetam investidores e parceiros.
Integrar compliance, fiscalização de prestadores e segurança ocupacional garante proteção de vidas, sustentabilidade financeira e reputação no setor.
Construindo uma gestão de terceiros mais segura e eficiente
A fiscalização de prestadores de serviço no setor de energia, óleo e gás é estratégica e indispensável. Políticas claras, treinamento contínuo, monitoramento tecnológico, auditorias periódicas e controle rigoroso de EPIs são essenciais para prevenir acidentes e assegurar conformidade legal.
Investir em gestão de terceiros eficiente protege colaboradores, fortalece a reputação e aumenta a resiliência operacional.
Conte com a wehandle para cumprir com eficiência obrigações legais, mas mais do que isso, para ganhar em vantagem competitiva e em sustentabilidade no cenário desafiador que o seu setor impõe.