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Mitigação de riscos em energia, óleo e gás: compliance digital

Escrito por Time wehandle | Nov 6, 2025 1:00:00 PM

Nos setores de energia, óleo e gás, as operações envolvem cadeias complexas, compostas por múltiplos fornecedores e subcontratados que atuam em ambientes de alta periculosidade, sob forte regulação e com pressão constante por custos, prazos e reputação.

Diante desse cenário, mitigar riscos operacionais torna-se essencial para garantir segurança, conformidade e continuidade das operações.

Nesse contexto, o compliance digital surge como uma ferramenta estratégica para aprimorar a gestão de terceiros e de subcontratados, atuando na redução de riscos técnicos, jurídicos, de imagem e de governança.

Por que mitigar riscos operacionais é vital nos setores de energia, óleo e gás?

Segundo dados da Research and Markets, cada segmento do setor de óleo, gás e energia enfrenta desafios específicos.

A segmentação por usuário final abrange exploração (upstream), transporte e armazenamento (midstream) e refino e distribuição (downstream), cada um com prioridades de risco distintas.

No upstream, as operações exigem atenção à modelagem de risco geotécnico, considerando pressões e instabilidades do solo que podem afetar a perfuração e a produção.

O midstream concentra-se na integridade dos dutos e na continuidade logística, assegurando que o transporte e o armazenamento de petróleo e gás ocorram de forma segura e contínua.

Já o downstream prioriza a segurança de processos e os protocolos de controle de qualidade, prevenindo falhas no refino e na distribuição que possam gerar acidentes, perdas ou danos reputacionais.

Os modelos de implantação tecnológica também têm papel decisivo na mitigação de riscos.

A nuvem garante maior segurança e disponibilidade das informações, minimizando riscos de perda por falhas ou danos físicos.

Ainda assim, soluções locais continuam relevantes em operações com exigências rigorosas de controle e soberania de dados.

Como falhas operacionais podem gerar paralisações, custos e impactos jurídicos, é essencial que os subcontratados mantenham padrões de segurança, integridade e compliance alinhados às do contratante.

O desafio da gestão de subcontratados no setor

Nos segmentos de energia, óleo e gás, a gestão de subcontratados exige atenção redobrada.

Grande parte das atividades críticas é terceirizada, como perfuração, manutenção de dutos, transporte de materiais perigosos, serviços de segurança e operações em plataformas offshore ou unidades remotas.

Esses parceiros podem atuar em diferentes níveis da cadeia, como fornecedores diretos, subcontratados ou prestadores logísticos, formando uma estrutura complexa que demanda controle e conformidade rigorosos.

Além disso, cada operação está sujeita a diversas normas de segurança, regulações ambientais, legislações trabalhistas e padrões de integridade corporativa, que variam conforme o país, a jurisdição e o tipo de instalação.

Qualquer falha de um subcontratado pode gerar impactos amplos, de riscos operacionais, de acidentes e paralisações a consequências jurídicas, regulatórias e reputacionais para a empresa contratante.

Por isso, implementar controles sólidos e monitoramento contínuo é essencial para garantir conformidade, segurança e resiliência em toda a cadeia de prestação de serviços.

Compliance digital como alavanca para mitigação de riscos operacionais

O compliance digital consiste na aplicação de tecnologias para dar suporte à conformidade, rastreabilidade, controle e automação de processos de governança e gestão de terceiros.

Quando bem estruturado, torna-se um importante aliado na mitigação de riscos operacionais, especialmente nos setores de energia, gás e óleo, ao possibilitar:

  • Pré-qualificação, due diligence e monitoramento contínuo dos subcontratados;
  • Automação das verificações de integridade, segurança, certificação e conformidade normativa;
  • Visibilidade em tempo real sobre indicadores de desempenho, segurança e incidentes;
  • Registros digitais que comprovam conformidade e simplificam auditorias ou respostas a crises.

Nesse contexto, líderes em gestão de riscos estão adotando inteligência artificial e plataformas centralizadas para transformar de forma significativa a governança de terceiros.

A digitalização, portanto, deixa de ser apenas uma tendência e passa a ser fundamental para a prevenção de riscos em toda a cadeia operacional.

Como aplicar compliance digital na gestão de subcontratados?

A aplicação do compliance digital na gestão de subcontratados exige integração entre processos, tecnologia e cultura de governança. Veja as principais etapas:

1. Mapeamento de riscos e da cadeia de subcontratados

Identifique serviços e operações com maior exposição a riscos, perfuração, manutenção de dutos, logística offshore e segurança.

Avalie vulnerabilidades associadas à localização remota, condições ambientais e extensão da cadeia, além de riscos jurídicos e reputacionais decorrentes do descumprimento de normas.

2. Seleção e pré-qualificação com suporte digital

Utilize plataformas digitais de due diligence para reunir certificações, histórico de segurança, compliance legal e regularidade trabalhista.

Aplique scorings automatizados para medir o nível de risco e inclua cláusulas contratuais de conformidade digital, com auditorias e relatórios em dashboard.

3. Automação e monitoramento contínuo

Sistemas integrados permitem acompanhar indicadores de segurança, desempenho e conformidade dos subcontratados em tempo real.

A integração com IoT e sensores em campo ajuda a identificar condições críticas e antecipar falhas, fortalecendo o controle e a segurança operacional.

4. Inteligência artificial e análise preditiva

O uso de IA para análise de dados permite detectar padrões de falhas e prever riscos antes que ocorram.

Essa abordagem torna o compliance mais estratégico, deixando de ser apenas um controle documental para antecipar riscos e conectar governança, gestão de riscos e operação em campo.

5. Auditoria e melhoria contínua

Realize auditorias periódicas (presenciais ou remotas), para rastrear causas e acionar planos de ação.

Capacite subcontratados e gestores para o uso de ferramentas digitais, consolidando uma cultura de melhoria contínua e transparência.

Compliance digital como pilar da mitigação de riscos operacionais

Para empresas de energia, óleo e gás, a mitigação de riscos operacionais não deve ser apenas reativa, precisa integrar a estratégia do negócio.

Estrutura, tecnologia e integração entre equipes e parceiros são pilares dessa abordagem.

Ao aplicar compliance digital na gestão de subcontratados, cada parceiro passa a seguir condutas alinhadas, reduzindo riscos operacionais, jurídicos e reputacionais.

Com due diligence automatizada, monitoramento em tempo real, inteligência preditiva e trilhas digitais de auditoria, a empresa fortalece governança, confiança e resiliência.

Para estruturar ou evoluir seus processos de compliance digital:

  • Mapeie subcontratados por nível de risco;
  • Adote ferramentas digitais que ofereçam visibilidade e automação;
  • Defina KPIs claros para monitorar integridade e performance;
  • Engaje a alta gestão e parceiros na cultura de conformidade;
  • Promova melhoria contínua com base em dados.

Se sua empresa busca transformar a gestão de subcontratados e fortalecer a mitigação de riscos operacionais, conte com a wehandle.