Mitigar e eliminar os riscos ocupacionais é uma prioridade para todos os profissionais de saúde e segurança (SST), pois é seu dever criar um ambiente de trabalho seguro para os membros da empresa. Isso inclui a implementação de um processo adequado para a criação de um Inventário de Riscos.
Você sabia que os trabalhadores de todas as indústrias estão expostos a um ou mais riscos todos os dias? Os riscos no local de trabalho custam caro, mas se as precauções corretas forem tomadas, eles podem ser evitados com programas eficazes de gerenciamento de riscos.
Pronto para mergulhar nesse assunto?
Sua jornada para criar um Inventário de Riscos começa agora!
O que é Inventário de Riscos?
Vamos começar com o básico e definir o que é o Inventário de Riscos. O inventário de riscos é um documento onde demonstra todos os riscos ocupacionais presentes no ambiente de trabalho.
Ele é obrigatório em todas as empresas na contratação desde o primeiro funcionário. A empresa deve registar neste documento o resultado da avaliação dos riscos para a saúde e segurança a que os trabalhadores podem estar expostos, segundo as Normas Regulamentadoras.
Os requisitos do inventário estão descritos na NR 1, que visa estabelecer as diretrizes, exigências para o GRO e medidas de prevenção em SST. No Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO), o inventário é elaborado na fase de criação do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR).
Dessa forma, o inventário de riscos orienta a SST da empresa e cria a possibilidade de iniciar um processo de melhoria contínua, além do controle dos agentes causadores de acidentes e doenças ocupacionais.
Quais são os 5 riscos ocupacionais?
Os riscos ocupacionais são riscos que tem associação ao trabalho em profissões específicas. Existem cinco categorias de riscos ocupacionais: riscos de acidentes, riscos físicos, riscos químicos, riscos biológicos e riscos ergonômicos.
Os riscos de acidentes incluem qualquer coisa que possa levar a lesões em um acidente de trabalho. Isso pode ser riscos de escorregamento, operação de máquinas, riscos elétricos ou qualquer outra condição potencialmente perigosa que possa existir.
Os últimos quatro riscos são vistos como perigosos para a saúde. Ao contrário dos riscos de acidentes, eles descrevem os riscos de lesões após a exposição cumulativa a uma condição ou substância nociva, em vez de um acidente.
Por outro lado, os riscos físicos incluem ruído excessivo, temperaturas elevadas ou baixas ou radiação.
Fatores de riscos ergonômicos incluem ações repetitivas, como levantamento de peso ou uso de ferramentas com vibração significativa.
Os riscos químicos incluem solventes, tintas, poeiras tóxicas, entre outros gases ou ácidos potencialmente tóxicos.
Já os riscos biológicos incluem doenças infecciosas, fungos, plantas tóxicas ou venenosas ou materiais de origem animal.
Como elaborar um Inventário de Riscos?
O Inventário de Riscos deve incluir, no mínimo, as seguintes informações:
- Caracterização dos processos e ambientes de trabalho;
- Caracterização das atividades;
- Descrição de perigos e de possíveis lesões ou agravos à saúde dos trabalhadores, com a identificação das fontes ou circunstâncias, descrição de riscos gerados pelos perigos, com a indicação dos grupos de trabalhadores sujeitos a esses riscos, e descrição de medidas de prevenção implementadas;
- Dados da análise preliminar ou do monitoramento das exposições a agentes físicos, químicos e biológicos, e os resultados da avaliação de ergonomia nos termos da NR-17.
- Avaliação dos riscos, incluindo a classificação para fins de elaboração do plano de ação;
- Critérios adotados para avaliação dos riscos e tomada de decisão.
É fundamental que o inventário de riscos seja elaborado por um engenheiro com a colaboração de um médico do trabalho. Para evitar erros durante sua elaboração, recomenda-se seguir os passos abaixo:
1. Identificação dos riscos
Primeiramente, para criar o inventário de riscos, é necessário identificar todos os perigos existentes no ambiente de trabalho da empresa.
Você deve reunir informações sobre os riscos que já existem no local. Isso pode ser feito de várias maneiras, incluindo observar os perigos registrados em avaliações e inspeções de riscos anteriores, falar com os trabalhadores e membros da equipe sobre os riscos no local.
2. Avaliação e classificação dos riscos
Não existe uma maneira simples ou única de classificar o nível de risco. A classificação dos riscos requer o conhecimento das atividades do local de trabalho, a urgência das situações e um julgamento objetivo. As estimativas de gravidade e probabilidade são estabelecidas levando em consideração a eficácia das medidas de controle existentes.
Sendo assim, determine a probabilidade de ocorrência do dano. O nível de risco aumentará à medida que a probabilidade de dano e sua gravidade aumentarem. A probabilidade de ocorrência de danos pode ser afetada pela frequência com que a tarefa é concluída, em quais condições, quantas pessoas estão expostas ao perigo e por quanto tempo.
Além disso, também inclui observar os tipos de lesões, doenças ou danos que podem resultar dos riscos. Uma avaliação de risco ajuda a verificar se as medidas de controle existentes são eficazes, que ação deve ser tomada para controlar um risco e com que urgência a ação precisa ser tomada.
3. Monitoramento de riscos
Todos os riscos avaliados devem passar por monitoramento contínuo para evitar a ocorrência de novos acidentes, doenças ocupacionais e agravamentos dos riscos.
As opções de controle de risco mais eficazes são selecionadas para eliminar ou minimizá-los. A hierarquia de monitoramento classifica as opções de controle de risco do mais alto nível de proteção e confiabilidade ao mais baixo.
4. Apontamento de resultados
Depois de atribuir uma classificação de risco e monitorar, é hora de criar um documento apontando todos os riscos.
Por isso, é indispensável manter um registro formal das avaliações de risco. Isso pode ajudar sua organização a acompanhar os perigos e medidas de controle.
A documentação inclui uma descrição detalhada do processo inventário de riscos, um resumo das avaliações e explicações detalhadas sobre como as conclusões foram feitas.
5. Reavaliação dos riscos
Por fim, inspecione seu local de trabalho em busca de possíveis riscos que possam aparecer após um determinado período de tempo. Por exemplo, novos perigos podem surgir quando os procedimentos mudam ou as tarefas do trabalho passam por alteração.
Além disso, revisões regulares são essenciais para garantir que os perigos e riscos sejam gerenciados adequadamente e que os dados relevantes sobre eles permaneçam precisos e confiáveis.
Mas fique atento: a empresa deve repetir o processo de avaliação de risco duas vezes no ano.
Como garantir a saúde e a segurança do trabalho na minha empresa?
Agora que você já entendeu o que é o inventário de riscos e aprendeu como criá-lo para atender o Programa de Gerenciamento de Riscos, também já sabe que independentemente do setor, é necessário dedicar um tempo para identificar os riscos presentes no local de trabalho e tomar as medidas preventivas com objetivo de manter os trabalhadores seguros.
Mas como garantir que todos os colaboradores (inclusive os terceirizados) utilizem todos os EPI’s necessários e estejam com certificações em NR’s específicas em dia? Ou ainda, ter a certeza de que o seu inventário de riscos está atualizado e completo para envio ao PGR?
Com a Wehandle, você tem a segurança de que todos os terceiros estão com as documentações e certificações atualizadas. Utilizamos tecnologias que automatizam o processo de avaliação e análise de documentos. Além disso, o nosso software possui uma plataforma EAD que facilita o onboarding e a integração de terceiros.
Como você pode ver, são muitas possibilidades e benefícios em um só software. Saiba mais sobre as nossas soluções de gestão de terceiros. Preencha o formulário que um de nossos especialistas entrará em contato com você!