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Como a gestão da cadeia de suprimentos pode evitar o risco ESG?

ESG (Environmental Social and Governance) é uma sigla que em português significa Ambiental Social e Governança. Sendo assim, o risco ESG tem a ver com os impactos negativos que uma empresa pode causar ao meio ambiente, à comunidade na qual atua e está relacionado até mesmo com a cadeia de suprimentos da empresa fornecedora de matéria prima. 

Mas de que forma?  

Por exemplo, quando uma empresa que compra matéria prima de outra, não observa como ela é ofertada, como o fornecedor consegue essa matéria prima, isso pode impactar diretamente no negócio. É um risco ESG grande e que pode causar sérios problemas para o empreendimento com perda de credibilidade e graves processos judiciais e até mesmo criminais. 

Pela seriedade sobre o assunto, é essencial que você entenda mais sobre ele e como realizar uma boa gestão da cadeia de suprimentos ajuda a evitar os riscos ESG. Acompanhe. 

Veja também: O que é risco reputacional e como gerenciá-lo? 

 

O que é risco ESG e quais os tipos? 

 

É claro que o tipo de risco ESG enfrentado por cada empresa tem a ver com alguns fatores como mercado do qual faz parte, região na qual atua, entre outros. Mas existem alguns riscos que são mais comuns e que, em muitos casos, independem dessas variáveis. 

 

Risco social 

 

O turnover é a taxa de rotatividade dos funcionários e quando essa taxa é elevada é porque algo não está indo de acordo com o que deveria.  

Uma empresa que leva o ESG a sério, deve cuidar da qualidade de vida dos seus funcionários, pensar no equilíbrio entre vida privada e trabalho e oferecer o devido reconhecimento. Quando essas coisas não acontecem, os colaboradores entram, ficam por alguns meses e saem.  

Além de prejudicar a reputação do negócio, é um custo elevado para o empreendimento fazer sucessivos processos de recrutamento e seleção. 

 

Risco de governança corporativa


Um dos riscos da ESG está relacionado à falta de transparência do negócio e, com isso, abre-se espaço para práticas antiéticas de trabalho, conflitos de interesse, corrupção e outros problemas que afetam a todos. Sócios e acionistas, nesses casos, são os mais atingidos e podem deixar o negócio por conta disso. 

Confira também: O que é governança corporativa e quais os benefícios? 

Isso não só retira, de imediato, dinheiro da empresa como também mancha a reputação no mercado. Outros possíveis investidores acabam se afastando, o que pode levar o negócio a estagnar ou pior, a fechar as portas. 

 

Risco ambiental


Um dos pilares de uma empresa que segue os princípios do ESG é justamente o cuidado com o meio ambiente. É tentar, sempre que possível, investir em uma produção sustentável, ou seja, conseguir produzir hoje sem prejudicar as gerações de amanhã. 

Portanto, uma empresa que joga resíduos de produção sem tratamento em rios, lagos e outras fontes de água está em sério risco. Especialmente se a população local usa esse recurso como principal fonte hídrica para o sustento e manutenção. 

 

 

Risco regulatório

 

Aqui estamos falando tanto dos fornecedores quanto daqueles que contratam as empresas fornecedoras de matéria prima. 

O descumprimento de normas e leis é um risco ESG que pode se tornar bem grave a depender do quanto a empresa desrespeita a legislação. 

Podemos dar um exemplo que, infelizmente, anda acontecendo em nosso país com mais frequência do que deveria: o trabalho análogo à escravidão. E é bom deixar claro que não é só a empresa fornecedora que pode ser penalizada, pois, quem contrata esse tipo de fornecedor pode ser considerado responsável pela indenização, ainda que de forma subsidiária. 

 

O que é e como é feita a gestão da cadeia de suprimentos?


Uma ótima maneira de evitar os riscos ESG, especialmente os regulatórios como o trabalho análogo à escravidão é fazendo a gestão da cadeia de suprimentos ou, em inglês Supply Chain Management (SCM). 

A cadeia de suprimentos é todo o processo que acontece até que a matéria prima necessária chegue à sua empresa. Assim, estamos falando de um fluxo de ações com início, meio e fim que precisa ser analisada também pela empresa contratante e não só pelo fornecedores em si. 

Lembrando que a gestão da cadeia de suprimentos vai muito além da questão logística como transporte, armazenamento e custos. Essa gestão também precisa estar de acordo com os princípios ESG como transparência, integração, responsabilidade, colaboração das empresas, entre outros. 

Sendo assim, a pessoa que contrata a empresa fornecedora de matéria prima, por exemplo, precisa também fazer parte dessa gestão. Afinal de contas, é preciso saber se o seu fornecedor está, de fato, cumprindo todas as leis, especialmente as trabalhistas. 

E, para isso, não basta apenas analisar de forma superficial. É preciso olhar mais a fundo, verificar, mesmo depois de contratada a empresa, se tudo está sendo feito de forma correta e esperada não só pela legislação em si, mas também pelo que foi firmado no contrato.


Por que fazer a gestão da cadeia de suprimentos?


Há vários motivos para isso e todos eles são importantes. Por exemplo, você compraria de uma empresa que trata os funcionários como escravos? Que não oferece pagamento, que os faz trabalhar durante horas e horas e não cumpre nenhum dos direitos trabalhistas? Se você respondeu que não, saiba que boa parte dos consumidores (inclusive seus clientes) também não. 

E o que isso tem a ver? Vamos explicar. Quando você está ligado a uma empresa com esse tipo de prática e ela é descoberta, o nome do seu negócio vai junto.  

Por exemplo, há alguns anos, algumas empresas que vendem chocolate no Brasil tiveram seus nomes expostos no mercado por comprar matéria prima  de empresas estrangeiras que violavam as leis trabalhistas (tanto do país do fornecedor quanto do nosso). Os trabalhadores não tinham acesso a banheiro, água potável e recebiam valores que não chegavam nem a metade do salário mínimo na época. 

O problema é que, mesmo sem estar diretamente relacionada com o problema, as grandes empresas brasileiras fornecedoras de chocolate foram arrastadas para esse cenário. Afinal de contas, também é responsabilidade da empresa tomadora de serviços verificar com quem faz seus negócios. 

Muitas pessoas deixaram de comprar essas marcas e as empresas enfrentaram sérias dificuldades. As ações caíram, diversos investidores retiraram capital do negócio e uma grande bola de neve de problemas começou a se formar. 

A credibilidade dessas empresas ficou numa corda bamba e só conseguiram se recuperar porque já tinha anos e anos no mercado e conseguiram fazer uma boa gestão de crise. Porém, se tivessem realizado uma gestão da cadeia de suprimentos, não teriam passado por nenhum desses problemas.


Como reduzir o risco ESG?


Existem algumas formas de fazer isso. Não é algo tão simples, mas que vale muito a pena para evitar uma série de problemas como judiciais, perda de credibilidade no mercado e saída de investidores do negócio. Veja: 

 

Mapeamento de processos 

 

Esse mapeamento deve ser realizado não só no início, ou seja, no momento da contratação. Ele precisa ser constante. Crie uma frequência e periodicidade para que sua equipe saiba quando fazê-lo. 

 

Implementar uma cultura de gestão de riscos 

 

É muito importante que todos os colaboradores do negócio entendam a importância de fazer a gestão da cadeia de suprimentos e outras coisas para reduzir o risco ESG. E para isso, nada melhor do que criar uma forte cultura nesse aspecto.


Investir em auditoria na cadeia de suprimentos

 

De tempos em tempos é interessante que alguém, um auditor (pode ser alguém de dentro da empresa), analise a cadeia de suprimentos. Para isso, vamos enfatizar a importância de ir além das questões logísticas e avaliar também a questão humana do negócio. 

 

 

Criar canais seguros de denúncia


Sabemos que denunciar uma prática que vai contra as leis, por pior que ela seja, nem sempre é fácil. O funcionário, muitas vezes, pode ficar com receio de ser envolvido diretamente no problema. Portanto, a empresa precisa criar um canal seguro para que qualquer irregularidade com o fornecedor seja denunciada com segurança. 

 

Vá além do contrato


Muitas vezes, analisar o contrato nem sempre é o bastante para coibir práticas nefastas como o trabalho análogo à escravidão, poluição ambiental e outras por parte do fornecedor. Portanto, ir a campo, ou seja, ir até o local onde a matéria prima é produzida e ver como tudo é feito é uma ótima estratégia. 

Para uma boa gestão da cadeia de suprimentos é essencial seguir todas essas dicas e assim, assegurar que, no futuro, sua empresa não será envolvida em escândalos e problemas judiciais. Mas, se você não quer ter todo esse trabalho ou não possui pessoal disponível para isso, a Wehandle faz isso pelo seu negócio. Aqui, temos uma lista de fornecedores pré-cadastrados que são analisados com todo cuidado pela nossa equipe. 

Acesse o nosso site e entenda melhor como funciona o nosso trabalho e de que forma podemos te ajudar! 

 

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