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Como evitar problemas com prestadores no setores de energia e gás?

Escrito por Time wehandle | Oct 14, 2025 1:00:04 PM

A fiscalização de prestadores de serviço é fundamental para empresas do setor de energia, óleo e gás, garantindo segurança e conformidade regulatória em operações críticas.

Segundo artigo publicado pela Deloitte, em 2024, o mercado global de óleo e gás enfrentou desafios como oferta controlada pela OPEP+, demanda variável, tensões geopolíticas e foco contínuo na transição energética.

Nesse cenário, garantir segurança, conformidade regulatória e continuidade operacional tornou-se ainda mais crítico. 

Globalmente, a indústria distribuiu quase US$ 213 bilhões em dividendos e US$ 136 bilhões em recompras entre janeiro e meados de novembro de 2024. 

Para empresas brasileiras do setor, esse cenário reforça a necessidade de gestão eficiente de terceiros e fiscalização de prestadores de serviço, especialmente no que diz respeito à segurança do trabalho e conformidade regulatória. 

Nesse sentido, falhas nessa gestão podem gerar impactos financeiros, operacionais e reputacionais, comprometendo a continuidade das operações e a integridade da cadeia de suprimentos.

Por que a fiscalização de prestadores de serviço é estratégica?

A fiscalização de prestadores de serviço vai além da exigência legal: é um instrumento de proteção do negócio. 

No setor de energia, óleo e gás, os prestadores executam tarefas críticas, desde manutenção em plataformas até transporte de materiais perigosos,  e qualquer falha pode gerar:

  • Acidentes graves ou fatais;
  • Multas e sanções legais;
  • Interrupção da produção;
  • Danos à imagem e reputação da empresa.

Além disso, conforme apontado no Guia de Boas Práticas, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Petróleo a Gás,  a legislação brasileira, como a Lei Anticorrupção (Lei nº 12.846/2013), responsabiliza empresas por atos ilícitos cometidos por terceiros.

E diante desse contexto, torna  a fiscalização e a gestão de terceiros um componente estratégico de compliance.

Desafios específicos na gestão de prestadores no setor de energia, óleo e gás

A terceirização nesse setor enfrenta desafios únicos:

  1. Complexidade operacional: atividades de alto risco, como perfuração, manuseio de produtos inflamáveis e manutenção de equipamentos críticos, exigem padrões rigorosos de segurança;
  2. Diversidade de fornecedores: diferentes prestadores com culturas, processos e níveis de maturidade distintos aumentam o risco de não conformidade;
  3. Exigências regulatórias e de compliance: empresas precisam integrar políticas de segurança, saúde ocupacional, proteção ambiental e conformidade legal.

Estratégias avançadas para fiscalização eficaz

1. Critérios de contratação claros

Antes da seleção, defina requisitos mínimos para segurança, compliance e desempenho técnico. Isso inclui:

  • Certificações ISO, SASSMAQ ou equivalentes;
  • Due diligence trabalhista e fiscal;
  • Histórico de conformidade e integridade;
  • Cláusulas contratuais de auditoria, treinamento e sanções.

Esses critérios alinham expectativas e reduzem riscos na operação.

2. Treinamento e cultura de seguranç

Treinar prestadores em normas de segurança, uso de EPIs, prevenção de acidentes e procedimentos de emergência cria cultura de prevenção e responsabilidade compartilhada

Sendo assim, programas contínuos de capacitação fortalecem a adesão e reduzem incidentes.

3. Monitoramento em tempo real

Investir em tecnologias de monitoramento remoto permite acompanhar condições de trabalho, registrar indicadores de segurança e intervir rapidamente em caso de desvios.

Ferramentas digitais também permitem:

  • Gestão de documentação e certificações;
  • Registro de inspeções e auditorias;
  • Comunicação rápida e transparente com prestadores.

4. Auditorias periódicas e KPIs integrados

Auditorias regulares, presenciais ou remotas, são fundamentais. Para acompanhar a eficácia, as empresas podem usar KPIs como:

  • Percentual de fornecedores auditados;
  • Incidência de não conformidades;
  • Tempo de resposta a irregularidades;
  • Uso correto de EPIs;
  • Integração de indicadores de segurança com métricas financeiras e operacionais.

5. Controle de EPIs para terceiros

O controle rigoroso de Equipamentos de Proteção Individual é crítico em operações de alto risco:

  • Fornecimento adequado: EPIs certificados e compatíveis com as atividades;
  • Treinamento: uso correto e manutenção preventiva;
  • Monitoramento: inspeções regulares e rastreabilidade digital;
  • Substituição programada: garantia de que os EPIs estejam sempre em condições seguras

Integração entre compliance, segurança e resultados financeiros

Em um cenário de volatilidade e altos dividendos, como o observado globalmente entre 2024 e 2025, a eficiência operacional e a integridade na gestão de terceiros têm impacto direto nos resultados. Empresas que falham na fiscalização podem sofrer:

  • Perdas financeiras significativas;
  • Interrupção de operações críticas;
  • Riscos reputacionais que afetam investidores e parceiros.

Integrar compliance, fiscalização de prestadores e segurança ocupacional garante proteção de vidas, sustentabilidade financeira e reputação no setor.

Construindo uma gestão de terceiros mais segura e eficiente

A fiscalização de prestadores de serviço no setor de energia, óleo e gás é estratégica e indispensável. Políticas claras, treinamento contínuo, monitoramento tecnológico, auditorias periódicas e controle rigoroso de EPIs são essenciais para prevenir acidentes e assegurar conformidade legal.

Investir em gestão de terceiros eficiente protege colaboradores, fortalece a reputação e aumenta a resiliência operacional. 

Conte com a wehandle para cumprir com eficiência obrigações legais, mas mais do que isso, para ganhar em vantagem competitiva  e em sustentabilidade no cenário desafiador que o seu setor impõe.