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Como fazer avaliação de fornecedores: critérios e ferramentas

Escrito por Time wehandle | Sep 4, 2025 1:00:00 PM

A avaliação de fornecedores é um processo estratégico que impacta diretamente a performance operacional, a conformidade regulatória e a reputação das empresas.

Em um cenário empresarial cada vez mais competitivo e regulado, garantir que os parceiros estejam alinhados com os padrões de qualidade, ética e segurança tornou-se uma exigência. 

Empresas que negligenciam essa etapa enfrentam riscos significativos: interrupções no fornecimento, passivos trabalhistas e ambientais, falhas operacionais e danos reputacionais.

Por isso, estruturar um processo robusto de homologação e avaliação de fornecedores é essencial para garantir uma cadeia de suprimentos mais segura, eficiente e sustentável.

Neste artigo, vamos apresentar os principais critérios para homologar fornecedores.

Além disso, iremos explorar as etapas da homologação e indicar ferramentas práticas e atuais, como o uso de checklists e plataformas especializadas, que tornam esse processo mais assertivo e automatizado.

Por que a avaliação de fornecedores é estratégica?

Em cadeias de fornecimento cada vez mais descentralizadas e complexas, o desempenho dos fornecedores influencia diretamente os resultados da contratante. 

Além da entrega de produtos e serviços no prazo e com qualidade, os fornecedores devem atender às exigências legais, regulatórias e de compliance da empresa.

Segundo relatório do BCI “Supply Chain Resilience Report 2024”, quase 80% das cadeias de suprimentos das organizações foram interrompidas de alguma forma nos últimos doze meses.

Isso demonstra que uma avaliação preventiva e contínua pode evitar perdas financeiras e reputacionais.

Quais são as etapas da homologação de fornecedores?

A homologação de fornecedores é o processo que antecede o início de qualquer contratação. 

Seu objetivo é verificar se o fornecedor cumpre com os requisitos mínimos exigidos pela empresa em termos técnicos, legais, financeiros e éticos.

As principais etapas da homologação são:

1. Mapeamento de categorias e criticidade

Antes de iniciar o processo, é necessário classificar os fornecedores de acordo com o risco que representam ao negócio. 

Fornecedores com acesso a dados sensíveis, que prestam serviços críticos ou com histórico de não conformidade demandam maior rigor.

2. Coleta de documentação e comprovações

É nessa fase que o fornecedor deve apresentar certidões e documentos que comprovem sua regularidade. Exemplos:

  • CND (Certidão Negativa de Débitos) federal, estadual e municipal;
  • Comprovação de inscrição no INSS, FGTS e Receita Federal;
  • Certificações (como ISO 9001, ISO 14001, SASSMAQ, etc.);
  • Licenças ambientais e sanitárias, quando aplicável;
  • Dados financeiros e estrutura societária.

3. Análise de compliance e integridade

A due diligence é aplicada para identificar riscos reputacionais, jurídicos e éticos. Devem ser analisados:

  • Processos judiciais em andamento;
  • Presença em listas restritivas (CEIS, CNEP, OFAC);
  • Condições de trabalho oferecidas;
  • Políticas anticorrupção e de diversidade.

4. Avaliação técnica e de capacidade operacional

Além da documentação, é fundamental entender se o fornecedor possui capacidade técnica e operacional para atender às demandas da empresa. Isso pode envolver:

  • Visitas in loco ou auditorias técnicas;
  • Testes de amostras de produtos;
  • Verificação de prazos médios de entrega e histórico de falhas;
  • Análise do SLA (Service Level Agreement) praticado.

Quais os critérios para homologar fornecedores?

Os critérios para homologar fornecedores variam de acordo com o segmento, a criticidade da prestação e a política interna da empresa. 

No entanto, alguns elementos são considerados boas práticas para qualquer organização:

Critérios legais e fiscais

  • Regularidade trabalhista e tributária;
  • Ausência de processos trabalhistas ou ambientais;
  • Cumprimento da legislação vigente (LGPD, Lei Anticorrupção, etc.).

Critérios técnicos e operacionais

  • Capacidade de produção ou prestação de serviço;
  • Certificações técnicas e normativas;
  • Estrutura física e tecnológica.

Critérios financeiros

  • Solidez financeira;
  • Histórico de inadimplência ou falência;
  • Riscos de dependência econômica da contratante.

Critérios éticos e de reputação

  • Conduta ética da gestão;
  • Ações de ESG e responsabilidade social;
  • Comprometimento com diversidade e inclusão.

Como montar um checklist para homologação de fornecedores?

O checklist para homologação de fornecedores é uma ferramenta essencial para padronizar e agilizar o processo. Um bom checklist inclui:

  • Dados cadastrais completos (CNPJ, endereço, responsáveis legais);
  • Documentações fiscais e trabalhistas atualizadas; 
  • Certificações obrigatórias por segmento;
  • Questionário de due diligence (incluindo questões sobre compliance e ESG);
  • Aceite do Código de Conduta do Fornecedor; 
  • Referências comerciais e clientes atendidos; 
  • Termos contratuais e cláusulas de integridade.

Esse checklist pode ser adaptado conforme o nível de risco do fornecedor ou o tipo de serviço prestado.

Quanto mais crítica for a operação, mais detalhado deve ser o processo.

Ferramentas e tecnologias para avaliação de fornecedores

A adoção de soluções tecnológicas vem transformando a forma como empresas avaliam e homologam seus fornecedores. Plataformas digitais especializadas permitem:

Centralização de dados

Armazenamento seguro de todos os documentos e históricos dos fornecedores em um único ambiente, com acesso restrito e organizado por perfis.

Automatização de fluxos

Alertas para renovação de documentos vencidos, roteiros de aprovação e notificações de pendências reduzem erros e aumentam a agilidade.

Aplicação de scorecards

Ferramentas que atribuem pontuação com base em critérios previamente definidos permitem comparações rápidas entre fornecedores.

Monitoramento contínuo

Algumas soluções, como as oferecidas pela wehandle, permitem acompanhar o desempenho do fornecedor ao longo do tempo com base em indicadores como entregas no prazo, não conformidades e auditorias.

De acordo com o relatório "Uma abordagem prática da gestão de riscos no supply chain", da McKinsey, 71% dos executivos entrevistados afirmaram que suas empresas enfrentam riscos crescentes de disrupções na cadeia de suprimentos. 

O estudo destaca que o avanço na gestão desses riscos ainda é lento, e aponta a adoção de tecnologias como fator crítico para tornar esse processo mais eficaz e proativo. 

Dicas para uma avaliação de fornecedores mais estratégica

  • Integre áreas internas: envolver setores como jurídico, compliance, compras e ESG garante uma avaliação mais completa e alinhada às políticas corporativas;
  • Revise critérios periodicamente: novas legislações e mudanças no mercado exigem revisão constante dos parâmetros de avaliação;
  • Crie políticas claras para fornecedores: formalize as exigências em um manual de relacionamento ou código de conduta;
  • Invista em relacionamento e capacitação: avaliar é também desenvolver. Programas de capacitação e canais de comunicação fortalecem parcerias de longo prazo.

Avaliação de fornecedores como vantagem competitiva

A avaliação de fornecedores deixou de ser um processo meramente burocrático. 

Trata-se de uma ferramenta estratégica de mitigação de riscos, ganho de eficiência e geração de valor.

Ao estruturar critérios claros, adotar um checklist robusto e contar com ferramentas tecnológicas, sua empresa garante mais controle, conformidade e desempenho.

Por aqui, apoiamos empresas a consolidar uma gestão de terceiros eficiente, transparente e alinhada às melhores práticas de compliance e governança.

Se sua organização busca uma forma segura, automatizada e escalável de homologar fornecedores, conte com a wehandle e transforme a avaliação em diferencial competitivo.