Os riscos ocupacionais estão presentes em todos os locais de trabalho. Não importa qual seja o setor ou se os trabalhadores atuam de forma presencial, híbrida ou home office é preciso que a pauta segurança do trabalho esteja sempre em discussão, afinal, sem ela os profissionais diretos ou terceirizados estão expostos a riscos.
Daí a necessidade das organizações identificarem quais as condições perigosas do local ou atividade e elaborarem estratégias para que os riscos sejam reduzidos ou mesmo eliminados.
Quer entender mais sobre os riscos ocupacionais, seus principais tipos e como fazer a gestão por meio de medidas preventivas? Continue conosco para saber mais!
O que são riscos ocupacionais?
Os riscos ocupacionais são em potencial à vida ou à saúde de colaboradores de uma empresa, que se originam de elementos e condições que estão presentes no ambiente de trabalho. Ou seja, qualquer situação que represente um risco de dano à saúde do trabalhador pode ser chamada de risco ocupacional.
Vale destacar que existem aqueles riscos mais evidentes e graves, mas também os menores que podem até mesmo passar despercebidos. No entanto, independentemente da gravidade, é preciso estar atento a todos eles. Em relação aos riscos, eles podem estar ligados a ruídos, vapores, calor, ergonomia, iluminação inadequada, entre vários outros.
Por que é necessário conhecer os riscos ocupacionais?
Conhecer os riscos ocupacionais é fundamental na construção de um ambiente de trabalho não só mais seguro, mas também mais saudável. O primeiro passo para isso é conhecer o que pode levar a problemas, a fim de eliminar ou mesmo mitigar tais riscos.
Pensando nesse ponto, a atuação de profissionais de medicina e segurança do trabalho se faz necessária dentro das empresas. Eles serão responsáveis por identificar e classificar os riscos, conforme requisitos e métodos definidos nas Normas Regulamentadoras (NRs). O trabalho é desenvolvido por meio de avaliações qualitativas e quantitativas, dependendo de qual risco se trata. A partir disso, serão elaborados documentos e manuais que contribuirão para disseminar medidas preventivas.
Quais são os tipos de riscos ocupacionais?
De acordo com o Ministério do Trabalho, os riscos ocupacionais estão classificados em 5 tipos:
- físicos;
- químicos;
- biológicos;
- ergonômicos;
- acidentais.
Riscos físicos
Os riscos físicos são causados pela exposição a diferentes formas de energia no trabalho, o que inclui: ruídos, calor, frio, pressão, umidade, radiações ionizantes e quaisquer outras formas de energia que possam estar expostas aos profissionais.
Para um dos tipos de riscos existe uma limitação permitida. Quando falamos sobre ruídos, por exemplo, o limite é medido por decibéis.
Riscos químicos
Os riscos químicos são aqueles que surgem por meio do contato ou manipulação de produtos químicos. Existem variados insumos perigosos o que inclui neblinas, poeiras, névoas, gases e outros que poderão ser absorvidos pela pele ou serem inalados.
Muitos deles têm caráter tóxico, corrosivo, inflamável, sendo danosos para o trato respiratório e sistema nervoso, dependendo da toxicidade podem ser cancerígenos. E falando nisso, o limite da exposição vai ser determinado pelo nível de toxicidade do produto.
Hidrogênio, benzeno, mercúrio, amianto, são alguns dos exemplos. O amianto, bastante utilizado na fabricação de telhas, quando manipulado pode gerar uma poeira que ao ser inalada pode ser causa cancerígena.
Riscos biológicos
Os riscos biológicos são aqueles provenientes da interação com bactérias, fungos e protozoários. Eles são mais comuns em empresas especializadas em limpezas de locais públicos, saneamento básico e hospitais.
Sendo assim, os riscos biológicos são capazes de provocar males à saúde das pessoas quando elas entram em contato com esses organismos. Para preveni-los é preciso conhecer o tipo de patogenicidade à qual o trabalhador está exposto em seu ambiente de trabalho. São exemplos de doenças a hepatite, febre amarela, sarampo e covid-19 que são transmitidas pela contaminação por vírus.
Riscos ergonômicos
A ergonomia é a interação entre o homem e as máquinas ou equipamentos. Logo, ela abrange fatores físicos, fisiológicos e psicossociais dos colaboradores e do ambiente de trabalho.
Os riscos ergonômicos estão ligados à maneira como o profissional executa o seu trabalho, logo, é necessário fazer adaptações ao local de trabalho visando maior conforto e segurança. Entre os principais fatores de risco à ergonomia temos as lesões por movimento repetitivos, mas também, levantamento de peso, estresse, rotina de trabalho intensa, postura inadequada, jornada de trabalho intensa, entre outros.
Riscos acidentais
Os riscos acidentais ou mecânicos são provenientes de condições físicas e tecnológicas inadequadas que podem ocasionar ferimentos com variados níveis de gravidade. Isso inclui máquinas e equipamentos sem proteção, ferramentas e iluminação inadequadas, risco de choque elétrico, incêndio, trabalho em altura, entre outros.
Muitas vezes os riscos surgem da obsolescência de equipamentos e também pela falta de regras rígidas sobre a atuação em ambientes de altura, por exemplo. Por esse motivo é tão importante a manutenção, bem como o treinamento sobre o bom uso dos recursos.
Como fazer o gerenciamento de riscos ocupacionais?
Para reduzir ou mesmo amenizar os riscos ocupacionais em uma empresa é importante contar com profissionais de segurança e saúde ocupacional. Eles serão responsáveis por identificar e classificar os riscos, de acordo com os requisitos e métodos definidos pelas NRs.
Independente do tamanho da empresa é exigido pela legislação contar com uma Política de Segurança e Saúde Ocupacional (PPRA) e um Comitê de Segurança e Saúde Ocupacional (CIPA).
De preferência a fonte de risco deve ser eliminada por meio da substituição de tecnologias, adaptação de processos e manutenção periódica. Caso não seja possível, o ideal é buscar soluções que ajudem a evitar a disseminação dos agentes perigosos.
Diante disso, confira algumas tarefas que contribuem para a gestão de riscos ocupacionais!
Faça um mapa de riscos operacionais
Uma boa prática é criar um mapa de riscos ocupacionais, ele vai auxiliar a ter uma percepção dos perigos que correm os profissionais, ajudando a construir um comportamento seguro dentro da empresa. Para isso, é feita uma planta do local, indicando onde estão as ameaças e é feita a classificação por meio da cor indicativa do nível de perigo.
As cores são:
- vermelho: risco químico;
- azul: risco mecânico;
- marrom: risco biológico;
- amarelo: risco ergonômico;
- verde: risco físico.
Por exemplo, o baixo risco químico em uma sala pode ser sinalizado por meio de um pequeno círculo de cor vermelha.
Adote medidas de prevenção
A prevenção é fundamental, por isso, é necessário que a equipe saiba como tratar os riscos ocupacionais levando em consideração as especificidades deles. E o que queremos dizer com isso?
Cada tipo de risco vai exigir um tipo específico de intervenção. Por exemplo, em locais de risco acidentais muitas vezes é possível minimizar as chances de que eles aconteçam com o uso correto de equipamentos de proteção individual (EPIs). Da mesma maneira, os riscos ergonômicos podem ser tratados com o auxílio da ginástica laboral. O ideal é que as medidas de prevenção façam parte do cotidiano dos colaboradores, eles devem ser treinados para aplicarem.
Trabalhe a conscientização dos profissionais
Tão importante quanto criar mapas de riscos e definir medidas de prevenção é conscientizar os colaboradores da empresa. Educar os profissionais e investir em comunicação interna são duas tarefas relevantes.
Em diferentes ocasiões, o profissional precisa ter proatividade em relação às medidas de segurança. Ou seja, adotar os procedimentos corretos ainda que o gestor não esteja próximo. Logo, treinamentos, conversas e materiais são uma importante contribuição.
Como visto ao longo do artigo, conhecer e avaliar cada um dos riscos ocupacionais é indispensável para a adoção de estratégias preventivas eficazes. Esperamos que este material tenha te ajudado a entender mais sobre como evitar tais problemas e como assegurar a sua empresa.
Agora que tal compartilhar o artigo nas redes sociais? Assim, mais pessoas vão aprender sobre riscos ocupacionais!