A gestão de terceiros envolve mais do que contratar fornecedores e garantir que entreguem no prazo. Ela exige organização, comunicação e, acima de tudo, acompanhamento constante para saber se os resultados estão alinhados com os objetivos do negócio. É aí que entram os indicadores de desempenho.
Mas afinal, o que realmente vale a pena acompanhar? Neste artigo, vamos falar sobre os principais indicadores usados na gestão de terceiros, como usá-los na prática e o que fazer para transformar esses dados em decisões mais eficientes.
Por que usar indicadores na gestão de terceiros?
Ter um fornecedor por perto envolve mais do que a troca de serviços ou produtos: é uma relação de parceria. Para que ela funcione, é preciso clareza sobre o que está sendo esperado, entregue e melhorado ao longo do tempo. Os indicadores de desempenho ajudam justamente a acompanhar esse caminho — de forma objetiva e consistente.
Além disso, eles permitem:
- Identificar gargalos e oportunidades de melhoria
- Reduzir riscos operacionais e de compliance
- Justificar tomadas de decisão (como manter, ajustar ou trocar um parceiro)
- Construir uma base sólida para relações mais duradouras e confiáveis
Como escolher os indicadores certos?
Antes de sair medindo tudo, vale parar para pensar no que de fato importa para a sua operação. Cada fornecedor pode ter um papel diferente dentro do seu negócio — e isso impacta diretamente nos indicadores que fazem sentido acompanhar.
Alguns critérios para essa escolha:
- Qual é o impacto desse fornecedor na operação?
- Quais os riscos envolvidos na parceria?
- Como esse fornecedor se relaciona com outras áreas da empresa?
- O que é esperado dele em termos de resultado, prazo e qualidade?
A partir dessas perguntas, é possível mapear quais métricas realmente refletem o desempenho de forma útil.
Indicadores mais comuns (e como aplicá-los)
A seguir, reunimos alguns dos principais indicadores utilizados por empresas que querem acompanhar de perto a performance de seus parceiros terceirizados. O segredo está em combiná-los com análises qualitativas e conversas constantes.
1. SLA (Service Level Agreement)
O SLA mede o nível de serviço acordado entre as partes — geralmente envolvendo prazos, disponibilidade ou tempo de resposta. Por exemplo: “entrega em até 48h” ou “resposta em até 2h úteis”.
Como usar: compare o acordado com o que está sendo entregue. Isso ajuda a entender se o fornecedor está conseguindo cumprir com o combinado e, se não estiver, identifique os motivos com agilidade.
2. OTIF (On Time In Full)
Esse indicador mostra quantas entregas foram feitas dentro do prazo e com a totalidade do que foi solicitado. Ele é bastante útil para avaliar fornecedores logísticos ou que entregam materiais.
Como usar: avalie a porcentagem de entregas completas e no prazo dentro de um determinado período. É uma forma clara de medir consistência e confiabilidade.
3. Índice de retrabalho
Quantas vezes um serviço ou entrega precisa ser refeita ou ajustada? O retrabalho representa tempo, custo e desgaste para os dois lados.
Como usar: registre as ocorrências de ajustes e tente entender as causas — escopo mal definido, falta de informação, falha de comunicação? Esse indicador pode abrir conversas importantes para melhorar processos.
4. Conformidade documental
Esse indicador mostra o quanto o fornecedor está em dia com documentos obrigatórios — como certidões negativas, licenças, contratos ou comprovantes de capacitação.
Como usar: mantenha um checklist atualizado dos documentos exigidos e crie alertas para vencimentos. Um painel visual pode ajudar a entender, rapidamente, o status de cada fornecedor.
5. Índice de satisfação
Nem tudo é número. A percepção dos times que lidam diretamente com o fornecedor também importa. Acompanhar a satisfação da equipe pode trazer insights valiosos para além dos indicadores técnicos.
Como usar: crie formulários simples e rápidos para captar impressões da equipe — e leve essas respostas para as conversas com os parceiros. O diálogo aberto pode evitar desgastes e reforçar o que está funcionando.
6. Taxa de incidentes ou não conformidades
Esse indicador acompanha problemas que colocam em risco a operação, a segurança ou a reputação da empresa — como falhas em protocolos, atrasos críticos ou descumprimento de normas.
Como usar: registre os incidentes de forma padronizada e avalie recorrência, impacto e tempo de resolução. Isso ajuda a entender se o fornecedor está aprendendo com os erros ou repetindo padrões problemáticos.
7. Custo total da parceria
Mais do que olhar o valor do contrato, vale considerar o custo total envolvido — incluindo retrabalho, tempo gasto pela equipe, atrasos ou falhas. Às vezes, o que parece mais barato no papel sai mais caro na prática.
Como usar: cruze os indicadores de desempenho com o tempo e esforço que a equipe dedica à gestão do fornecedor. Isso pode trazer insights sobre eficiência e valor gerado.
Dicas para implementar indicadores de forma prática
Medir o desempenho dos terceiros pode parecer trabalhoso, mas não precisa ser assim. Algumas boas práticas ajudam a tornar esse processo mais leve e constante:
- Comece pelo essencial. Escolha 2 ou 3 indicadores por fornecedor e vá ampliando conforme for ganhando maturidade.
- Tenha uma ferramenta de apoio. Plataformas de gestão ajudam a centralizar dados, criar alertas automáticos e visualizar tudo em tempo real.
- Envie relatórios periódicos. Compartilhar os dados com os fornecedores abre espaço para ajustes, feedbacks e planejamento conjunto.
- Integre dados qualitativos. Ouça os times internos sobre o relacionamento com os fornecedores e considere essas percepções nas análises.
- Use os dados para decidir. Não adianta medir e não agir. Os indicadores devem embasar decisões como renovações, melhorias ou trocas.
Como a tecnologia pode ajudar nesse processo
Ferramentas como a plataforma da wehandle são aliadas para estruturar esse tipo de acompanhamento. A tecnologia ajuda a centralizar documentos, acompanhar a conformidade e gerar relatórios automáticos que reduzem o esforço manual.
Além disso, integrações com sistemas de controle de acesso, por exemplo, permitem cruzar dados da presença física com o desempenho contratado — uma conexão que torna a operação mais segura e eficiente.
Indicadores como ponto de partida (e não de cobrança)
É importante lembrar que indicadores não servem apenas para apontar falhas. Eles também ajudam a identificar boas práticas, valorizar entregas consistentes e abrir espaço para o desenvolvimento conjunto.
Quando a empresa compartilha dados de forma transparente e convida os parceiros para refletir sobre eles, cria-se um ambiente de confiança e melhoria contínua. O foco deixa de ser apenas controle, e passa a ser colaboração.
Conclusão
Indicadores de desempenho não são burocracia. Eles são parte de uma estratégia de gestão mais clara, eficiente e conectada com os objetivos da empresa. Quando usados com inteligência, ajudam a construir relações mais maduras, evitar surpresas e transformar fornecedores em verdadeiros parceiros do negócio.
A gestão de terceiros pode ser mais fluida, segura e estratégica. E a tecnologia está aí para facilitar esse processo. Com organização e bons indicadores, a empresa ganha mais clareza — e os parceiros, mais espaço para evoluir junto.
Quer entender como usar tecnologia para facilitar esse acompanhamento? A wehandle pode ajudar. Nossa plataforma foi pensada para simplificar a gestão de documentos, garantir conformidade e gerar insights que fazem a diferença no dia a dia.
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