Em um mundo corporativo interdependente, a gestão de terceiros deixou de ser apenas uma questão contratual para se tornar um pilar estratégico entre as empresas.
Um fornecedor crítico com serviços interrompidos, uma empresa parceira sofrendo uma crise reputacional, ou um prestador essencial enfrentando uma falha técnica podem gerar grandes impactos na continuidade do negócio.
Diante desse cenário, a elaboração de um plano de contingência para terceiros é primordial.
Neste artigo, exploramos como estruturar um plano de contingência eficaz, voltado à gestão de terceiros, com foco na prevenção de falhas e na capacidade de reação durante crises.
A gestão de terceiros envolve riscos que nem sempre estão sob controle direto da empresa contratante.
Esses riscos vão desde problemas operacionais, logísticos e financeiros até riscos regulatórios, reputacionais e de segurança da informação.
De acordo com a Gartner, a gestão de riscos de terceiros deve ser contínua e adaptável, considerando o crescimento exponencial da terceirização e a complexidade das cadeias de fornecimento.
Sendo assim, as empresas precisam garantir visibilidade e controle sobre os riscos trazidos por terceiros para manter a conformidade e a resiliência operacional.
O plano de contingência para terceiros permite antever e mitigar falhas que podem comprometer a continuidade dos serviços, além de proteger a reputação e a conformidade da empresa em momentos críticos.
O primeiro passo é identificar quais terceiros exercem papel estratégico nas operações da empresa. Isso pode incluir prestadores de serviço de TI, fornecedores logísticos, consultorias regulatórias, entre outros.
A partir desse mapeamento, é fundamental realizar uma avaliação de riscos considerando:
A gestão de terceiros não se encerra na contratação. Manter um processo contínuo de monitoramento e qualificação é essencial para garantir que esses parceiros mantenham o desempenho esperado.
Iniciativas eficazes incluem:
Cada fornecedor crítico deve ter um plano de contingência personalizado, levando em conta seu papel na cadeia operacional e os riscos envolvidos. Isso inclui:
A gestão de crises deve contemplar, de forma integrada, os riscos trazidos por terceiros. Isso significa alinhar os planos de contingência dos parceiros à matriz de resposta a incidentes da empresa.
De acordo com artigo da PwC, empresas que investem em planos robustos de gestão de crises, incluindo testes regulares e atualizações contínuas, aumentam significativamente sua capacidade de recuperação e resiliência frente a eventos disruptivos.
Isso garante maior segurança operacional e reputacional, preparando melhor a organização para enfrentar situações adversas.
Ferramentas de gestão de terceiros com recursos de monitoramento em tempo real ajudam a antecipar falhas e agir antes que se tornem crises. Isso inclui:
Passo a passo para estruturar um plano de contingência para terceiros
A base de uma atuação preventiva é a definição clara de diretrizes para o relacionamento com terceiros, incluindo:
Essa política deve ser comunicada a todos os setores que contratam ou interagem com terceiros.
Apenas alguns terceiros terão impacto direto e imediato em caso de falhas. Classificar os fornecedores em categorias (crítico, importante e suporte) ajuda a priorizar os planos de contingência e os investimentos em gestão.
Crie cenários simulados de falhas e impactosUtilize simulações para entender como a empresa reagiria caso um fornecedor crítico falhe. Avalie:
Essa análise ajuda a identificar vulnerabilidades e ajustar os planos.
Não adianta preparar um plano unilateral. O ideal é envolver os terceiros críticos na definição dos planos de resposta, com responsabilidades compartilhadas e canais de comunicação predefinidos.
Inclua nos contratos cláusulas sobre:
A eficácia de um plano de contingência depende do preparo das pessoas envolvidas. Realize treinamentos práticos, workshops de resposta a incidentes e revisões periódicas.
A eficácia de um plano de contingência depende do preparo das pessoas envolvidas e da adoção de práticas robustas de gestão de riscos.
Conforme orientações da ISACA, é fundamental implementar processos estruturados de monitoramento contínuo dos terceiros, especialmente aqueles que lidam com dados sensíveis ou tecnologias emergentes, como inteligência artificial.
Isso inclui avaliação periódica dos riscos, controles adequados e adaptação constante às mudanças do cenário tecnológico e regulatório.
A gestão de terceiros, quando integrada à gestão de crises e aos planos de continuidade, fortalece a estrutura empresarial.
Empresas que tratam os terceiros como extensão da sua operação e compartilham com eles boas práticas de segurança, conformidade e gestão de risco têm mais controle, previsibilidade e agilidade.
Mais do que evitar falhas, um plano de contingência para terceiros promove uma cultura de prevenção, profissionalismo e parceria.
Em um mercado em que a reputação é um ativo valioso e a continuidade é estratégica, essa preparação faz toda a diferença.
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